quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

VÃO PRA PONTE QUE CAIU



TAMOIOS - Passado mais um ano, os moradores e veranistas da região que abrange, Tamoios, Barra de São João, Rio das Ostras e adjacências, aguardam com apreensão a chegada do carnaval e com ele, a inevitável multiplicação populacional, que traz a reboque de si, uma série de transtornos e constrangimentos que são velhos conhecidos seus, mas, um em particular, merece ou no mínimo deveria merecer atenção das autoridades constituídas, representativas desses municípios.

Conhecedor da região ao longo de mais de trinta anos, já encontrei totalmente quebrada e inoperante, a antiga ponte sobre o Rio São João, em decorrência, a ponte substituta ou ponte nova, hoje, trinta anos depois, exatamente com as mesmas características daquela época.

Único pontode ligação rodoviária entre os municípios de Cabo Frio e Casimiro de Abreu e por extensão a inúmeros outros pontos de atrativo potencial turístico de nossa região (destaque-se aqui, a região praiana de Rio das Ostras, a Lagoa de Iriri...), essa ponte não evoluiu em nada ou quase nada, ao contrário, sendo utilizada durante anos a fio, indistintamente por pedestres e veículos rodoviários de todas as espécies, desde simples bicicletas, passando por motocicletas, carroças de tração animal, automóveis, utilitários, caminhões médios, ônibus e chegando às, agora proibidas (mas nem sempre impedidas) de transitar, conhecidas carretas transportadoras de areia, vem sendo destruída igualmente àquela que jaz sobre as águas de nosso Rio São João, servindo-nos tão somente como referência, para quem sabe, uma bucólica fotografia da paisagem que se forma a derrière, quando observadas a igreja sobre as pedras na praça e a infinidade do belíssimo mar azul.

Se por um lado, a ponte permanece a mesma, os dados estatísticos apontados pelo último senso do IBGE, mostra uma geométrica progressão da densidade demográfica da região, enquanto que os indicadores das associações comerciais e turísticas, da mesma forma indicam crescimento constante e não menos assustador (no bom sentido), da população flutuante, particularmente, nos feriados festivos, nos finais de semana onde há eventos de grande magnitude em um dos municípios circunvizinhos, nos períodos de férias escolares e particularmente no carnaval.

A combinação desses fatores nos faz constatar que o trajeto que é regularmente feito, entre Tamoios e Rio das Ostras em condições normais de trafego, e que dura, entre vinte e cinco e trinta minutos, se multiplicar, sabe Deus por quanto, podendo chegar a intermináveis cinco ou seis horas, quem sabe, um pouco mais...

Certo é, que nós, moradores e veranistas da região sofremos na pele, cada detalhe, dessa constrangedora situação, que não vemos por parte das autoridades competentes qualquer sinalização que aponte no sentido equalizar o problema com soluções alternativas adequadas e perenes, como por exemplo:

Ampliação das pistas de rolagem da ponte em epígrafe ou a construção de uma nova ponte, mais adequada à nossa realidade atual e com uma visão mais pró-ativa integrando as expectativas de crescimento tanto da população residente como da flutuante...
Incrédulo, me questiono se nossos políticos não conseguem ou não querem enxergar que, trata-se de uma necessidade muito mais que política, de uma necessidade estratégica para a sustentabilidade do desenvolvimento habitacional, turístico e até mesmo social de nossa região.
Se eles (nossos políticos) ainda não tiveram a oportunidade de realmente enxergar os constrangimentos aqui mencionados, só me resta, como forma de contribuir, indicar um ponto a partir do qual, poderão ver e entender o problema vivido por seus eleitores: Durante o carnaval, vão pra ponte que caiu!

Foto e texto: Paulo Ignacio, morador de Tamoios.

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